terça-feira, 16 de abril de 2013

Unha encravada: um problema dolorido

Gabriela Issa, médica dermatologista, responde a algumas questões sobre esse assunto incômodo.

Unha encravada: um problema dolorido (foto: Boaz Yiftach/freedigitalphotos)

• O que é unha encravada? Como a condição se desenvolve?
A unha encravada ocorre quando há um aumento da pressão entre a unha e a pele ao redor, causando uma inflamação em torno da unha. Quanto maior a inflamação, maior a pressão, o que inicia um círculo vicioso. O local mais comum são os dedões dos pés, pois é onde ocorre uma maior pressão pelo próprio andar e uso de sapatos.

• Existem vários tipos?
Existem graus que variam do I ao III. No grau I só existe dor quando se toca as laterais das unhas; no grau II, há sangramento ou pus; e no grau III, já há uma hipertrofia permanente do tecido ao redor da unha.

• O que fazer para evitá-las?
Evitar sapatos apertados e de bico fino para não causar pressão.
Cortar as unhas de forma reta, sem arredondar as pontas, pois quando elas crescerem vão empurrar a pele ao redor e provocar a inflamação, o que dá início ao encravamento.
Evitar traumatismos e não retirar a cutícula para evitar inflamação do tecido periungueal.

• Como o problema pode ser solucionado?
Nos graus mais leves, o uso de antibióticos e anti-inflamatórios pode resolver o problema. Colocar um algodão na dobra da unha é uma medida muito eficiente, pois impede o contato entre a unha e a pele ao redor. Outra medida eficaz é o uso da órtese de fibra molecular de memória colocada pelo podólogo, que corrige o crescimento da unha.
Quando essas medidas não forem suficientes ou se o grau é avançado, a cirurgia será o método de escolha. Esta é feita sob anestesia local e tem bons resultados.
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da Redação do Portal “O que eu tenho?”

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Dermatologista responde a questões sobre cuidados com a pele negra

Pessoas com a pele negra têm menos problemas de envelhecimento e menos susceptibilidade ao câncer de pele. Mas isso não quer dizer que não seja preciso se proteger do sol com o auxílio do filtro solar nem descuidar da saúde da pele. As cicatrizações também precisam de atenção e o aparecimento dos queloides é mais comum. Gabriela Issa, médica dermatologista, responde a algumas questões sobre o tema.

• O que difere a pele negra da branca e da morena?
A pele possui um pigmento chamado melanina, que dá cor à pele, e quanto maior a concentração, mais escura será a pele. Os melanócitos (células da pele que produzem a melanina) na pele negra produzem mais melanina e por isso a pele fica mais escura.
Não só a pele, mas os anexos cutâneos (pelos, unhas, glândulas sudoríparas e sebáceas) tem características distintas.
Os pelos também não são uniformes, o diâmetro é irregular ao longo do fio, por isso a aparência popularmente denominada “crespa”. Além disso, o pelo nasce encurvado, o que explica a propensão à foliculite.
No couro cabeludo é possível evitar a foliculite não usando máquina para aparar os fios, apenas tesoura. Na área da barba e no restante do corpo, o ideal é usar a lâmina de barbear no sentido do crescimento dos fios, para evitar o encravamento.
As glândulas sudoríparas também estão presentes em maior quantidade e secretam mais suor. Idem para as glândulas sebáceas. E é normal as unhas se apresentarem com coloração acastanhada ou estrias escuras, não constituindo nenhuma doença. No entanto, é importante a avaliação pelo dermatologista para diferenciação com o melanoma da unha.
• Quais são os principais cuidados que pessoas de pele negra devem tomar?
A melanina em maior quantidade protege a pele negra do envelhecimento e câncer de pele causados pelos raios ultravioleta, mas a susceptibilidade a manchas é maior e por isso o filtro solar deve ser usado.
Devemos lembrar também que a miscigenação no Brasil é muito grande e há várias tonalidades intermediárias da pele entre a branca e a negra. Pessoas de pele morena podem estar se arriscando, caso não se protejam do sol.
Alguns tipos de câncer de pele não têm a exposição solar como principal desencadeante, como o melanoma e o carcinoma espinocelular, por isso mesmo pessoas de pele negra devem consultar um dermatologista periodicamente. O melanoma acral, que acomete extremidades como os pés, é mais comum em negros e é altamente agressivo.

• A cicatrização na pele negra é mais difícil?
A pele negra tem uma maior atividade e número de fibroblastos, que participam do processo de cicatrização, o que aumenta o risco do aparecimento de queloides e cicatrizes hipertróficas. Eles podem surgir após feridas por traumatismos ou cirurgias. Os locais mais comuns são: lóbulo das orelhas após colocação de brincos, tórax e ombros.
Além disso, as peles negras contêm maior número de glândulas sudoríparas, que causam a transpiração, e são, geralmente, mais oleosas que as peles brancas – sendo mais propensas às foliculites (pequenas lesões inflamadas nos poros) e acne.

• E quais os cuidados de beleza que pessoas com a pele negra devem tomar?
A pele negra é mais resistente que a pele branca, o que contribui para uma aparência mais jovem e para preservar a hidratação interna. As mulheres negras dificilmente têm problemas com celulite e flacidez, pois geralmente têm mais tonicidade e massa muscular.
Mas devem tomar cuidado com as estrias, pois sua pele tem uma trama mais fechada que se rompe com mais facilidade. Assim, as mulheres negras têm de evitar engordar e emagrecer rapidamente e redobrar a atenção na gravidez.
por Enio Rodrigo - Portal O que eu tenho?
http://oqueeutenho.uol.com.br/portal

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Novidades do congresso da Academia Americana de Dermatologia

As novidades que vão chegar às prateleiras, aos consultórios de dermatologia e às clínicas de estética foram apresentadas no último e mais importante evento anual da Academia Americana de Dermatologia (AAD ou American Academy of Dermatology), entre os dias 04 e 08 de fevereiro de 2011.


Para conferir de perto, a dermatologista Denise Steiner, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, esteve presente e reuniu as principais técnicas e produtos promissores apresentados durante o evento científico.

Melasma - Foram apresentadas duas novas opções para o tratamento de manchas e melasma (tipo de mancha que aparece em qualquer mulher, sendo mais comum em gestantes).

Uso (tratamento 1): A promessa está numa enzima chamada lignina peroxidase. A proposta é um produto em forma de creme que age quebrando a melanina (responsável pela pigmentação da pele) sem causar toxicidade. O produto pode ser usado duas vezes ao dia, inclusive em grávidas, sem causar irritação ou efeitos colaterais como os do acido retinóico e hidroquinona. A promessa é uma pele mais clara e com aparência mais homogênea após um mês de uso diário.

Uso (tratamento 2): Um sistema de clareamento com 3 produtos: um limpador, um produto contendo a decapeptídeo e um creme à base acido glicólico para facilitar a penetração. O decapeptídeo atua inibindo a tirosinase, enzima responsável pela produção de melanina. Nas pesquisas realizadas"in vitro" o decapeptídeo mostrou-se 17 vezes mais potente que a hidroquinona, sendo mais seguro também.

Toxina botulínica: a tão aclamada toxina botulínica apareceu com uma formulação diferenciada: o uso tópico.

Uso: a ideia é realmente aplicar a própria substância diretamente sobre a pele, em forma de gel-creme. No entanto, o produto ainda está em fase de testes (fase 2), mas já se tornou polêmico e revolucionário ao mesmo tempo. Uma das razões é a dificuldade de penetração de qualquer produto tópico até o músculo. “Se o produto for eficaz, será interessante, especialmente para o tratamento da hiper-hidrose”, afirma a dermatologista Denise Steiner.

Cicatrizes: “Há dois cicatrizantes novos que parecem ser muito interessantes para o tratamento das cicatrizes hipertróficas e do queloide. Esses eventos pressupõem que o processo de cicatrização está acelerado e fora de controle”, afirma a dermatologista Denise Steiner.

Uso (tratamento 1): Esse tratamento considera que, segundo pesquisas, a substância avotermin (TGF beta 3) apresenta-se diminuída nas cicatrizes. Em estudos, a aplicação do avotermin logo após o fechamento de cortes ou cirurgias melhorou 70% dos casos.

Uso (tratamento 2): Outra substância promissora é a interleucina 10, que também apresenta-se diminuída em cicatrizes hipertróficas (que após um processo normal de cicatrização apresenta um supercrescimento do tecido da região, como em acnes graves). A aplicação é similar à do avotermin.

* Os produtos ainda não estão disponíveis no Brasil
LasersPara lipoaspiração - “Os lasers estão cada vez mais específicos a fim de acertarem melhor o alvo”, explica a Dra. Denise Steiner. Segundo a dermatologista, o laser para lipoaspiração provocou bastante interesse na classe médica. “Trata-se de um laser de iodo que emite dois comprimentos de onda simultaneamente, 924 nm e 975 nm, por meio de uma cânula que penetra na pele através de um corte de 1 cm. A dermatologista alerta que para a realização do procedimento é preciso anestesia local e profissionais capacitados, já que o plano da luz deve ser respeitado.

A ação do aparelho justifica a destreza em seu uso: “O comprimento de onda 924 nm é específico para gordura e prova lipólise, enquanto o 975 nm estimula o colágeno”, explica a dermatologista Denise. Isso porque o objetivo é realizar a lipoaspiração e, ao mesmo tempo, melhorar a flacidez da pele. Além disso, o procedimento pode ser realizado em áreas menores também, como queixo, braço e culote, sem a necessidade da aspiração, já que a luz emitida ajuda a metabolizar a gordura local. O laser já está chegando ao Brasil, mas poucos profissionais têm experiência em seu manuseio.

Contra flacidez e estria - O laser de CO2 fracionado ablativo (aquele que atinge as camadas mais profundas da pele) foi assunto de diversas palestras durante o congresso. “O destaque ficou por conta de um aparelho com duas ponteiras, sendo que uma delas atinge profundidades maiores”, conta Dra. Denise Steiner.

Uso (tratamento 1): Sua ação na derme profunda melhora a flacidez, mas também provoca algum dano à epiderme (descamação). No entanto, se utilizado em energias e densidades baixas pode ser aplicado na realização de peelings em áreas sensíveis, como pesçoco, mãos e colo.

Uso (tratamento 2): Outra aplicação que se mostrou eficaz, segundo a dermatologista, foi em relação ao tratamento de estrias. “As estrias têm sido tratadas com algum sucesso com os lasers fracionados não ablativos. Mas o fato de o CO2 fracionado ablativo atingir a epiderme também apresentou melhores resultados”, explica a médica.

Radiofrequência fracionada contra a flacidez - A tecnologia de radiofrequência fracionada emite calor para a profundidade da pele, melhorando a flacidez. Esse tipo de tratamento com ponteiras não ablativas já têm sido utilizado no rosto e corpo.
Durante o Congresso da Academia Americana de Dermatologia discutiu-se o uso de ponteiras de radiofrequência que também atingem a epiderme (não apenas a derme, camada mais profunda). “A aplicação da radiofrequência bipolar estimula o colágeno, provocando algum grau de ablação (descamação) mas sem provocar tanto calor à pele”, afirma a dermatologista.

Cabelo, cílios, sobrancelhas - O bimatropost, um análago da prostaglandina, substância muito utilizada no tratamento de glaucoma, para a aplicação no folículo piloso de cabelos, cílios e sobrancelhas para estimular seu crescimento.

Além da aplicação em cílios, já aprovada pelo FDA (órgão regulatório americano do setor), “a novidade apresentada no congresso são os estudos que comprovam sua eficácia em sobrancelhas e até mesmo na alopecia androgenética do couro cabeludo (queda de cabelo de origem genética)”, explica Denise Steiner. Os resultados da aplicação nesses locais mostrou que a diferença no comprimento e na espessura dos cílios pode ser percebida após 40 dias de uso, uma única vez ao dia. Estudos preliminares garantem que o produto é seguro, mas pode escurecer a pele local e, raramente, a íris.


FONTE: Portal Fator Brasil

domingo, 30 de janeiro de 2011

Psoríase e Unhas


As alterações ungueais da psoríase podem preceder o aparecimento de lesões de pele em meses ou até anos. Essas alterações nas unhas podem ser pequenos furinhos (unha em dedal), estrias, descolamento, ceratose subungueal ("massinha" de baixo da unha), manchas amareladas ou róseas. Muitas vezes é difícil fazer o diagnóstico até as lesões de pele aparecerem. As unhas alteradas da psoríase estão mais sujeitas à infecções por fungos (micoses) e bactérias.


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Doenças de pele de fundo emocional

Um dos órgãos mais vulneráveis às emoções, a pele sinaliza quando elas fogem ao controle. Ouvir o alarme, procurar um médico e seguir o tratamento nem sempre resolve o problema. Você precisa também equilibrar o que está nos bastidores dessa trama 


Segundo maior órgão do corpo, a pele é mais do que uma embalagem: é um espelho do que acontece co nosco. A naturalista americana Diane Ackerman diz em seu livro Uma História Natural dos Sentidos (ed. Bertrand Brasil) o quanto ela é importante: “A pele respira e produz secreções, protegendo-nos contra os raios nocivos e os micróbios, isolando-nos do calor e do frio, regulando o fluxo sanguíneo, atuando como moldura para nosso tato, auxiliando-nos na atração sexual, definindo nossa individualidade”. Rica em terminações nervosas e dotada de intensa rede de vasos sanguíneos, está tão conectada ao cérebro que sofre os efeitos dos altos e baixos emocionais. Uma equipe da PUC do Rio Grande do Sul achou evidências da sua conexão com o emocional. Na pesquisa, de 2009, psicólogos avaliaram 205 pessoas entre 20 e 49 anos com problemas de pele: 63% haviam passado pouco antes por stress. “Perda de uma pessoa querida, de emprego, brigas na família ou uma cirurgia podem desencadear, por exemplo, a psoríase”, afirma o dermatologista Alan Menter, da Universidade de Baylor, em Dallas, nos Estados Unidos.

Ele estava à vontade para comentar: é o presidente do Conselho Internacional de Psoríase, presente no Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que discutiu o tema no Rio de Janeiro há três meses. Mas nem sempre basta recorrer a medicamentos. “Psicoterapia ou métodos que controlam o stress, como acupuntura e ioga, podem ajudar a diminuir os sintomas e ainda previnem novas crises”, afirma a dermatologista Denise Steiner, de São Paulo. Veja as principais doenças de pele que são agravadas pela ansiedade, tristeza, angústia e outros sentimentos.

Vitiligo

Distúrbio em que ocorre perda de melanócitos, células que produzem a melanina, pigmento que dá cor à pele. Surgem manchas lisas e esbranquiçadas.

CAUSA Predisposição genética. O próprio sistema de defesa entra em curto e produz anticorpos que destroem essas células.

EMOÇÕES Fatores como a tristeza por perdas (morte ou separação) podem desencadear ou piorar as manifestações da doença.

TRATAMENTO Para estimular a pigmentação, laser e cre mes (sensíveis à luz, com ação oposta à do protetor solar) combinados à radiação ultravioleta, corticoides e transplante de pele.

NOVIDADES Imunomoduladores, como imiquimod, estão em estudo, mas os resultados mais promissores vêm de um comprimido de Polypodium leucotomos, planta da Costa Rica que em laboratório revelou propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias e a capacidade de equilibrar o sistema imunológico. Eficaz também como protetor solar, ela estimulou a pigmentação na cabeça e no pescoço. 

Acne

Doença inflamatória em que as glândulas sebáceas produzem muito óleo, a ponto de fechar os poros, facilitando o ataque de bactérias. Comparada à acne típica da adolescência, a da mulher adulta provoca espinhas mais inflamadas, doloridas e profundas, sobretudo no queixo, na região da mandíbula e no pescoço.

CAUSAS Hereditariedade, mudança hormonal, calor, cosmético oleoso. Comum entre nós, a acne afeta 56,4% da população.

EMOÇÕES O stress promove uma descarga de cortisol, que estimula a síntese do hormônio masculino e faz a glândula sebácea trabalhar mais”, diz a dermatologista Denise Steiner.

TRATAMENTO Conforme o grau, inclui esfoliante, antibiótico, isotretinoína, anticoncepcional, luz pulsada, luz azul e laser fracionado.

NOVIDADES As últimas pesquisas inocentam o chocolate e a comida gordurosa e apontam outra culpada: a dieta rica em carboidratos e laticínios”, diz Cláudia Maia, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Suspeita-se que a doença esteja ligada a alterações metabólicas: em excesso, a insulina secretada após o consumo de carboidratos talvez favoreça as espinhas. Por essa razão, a metformina, indicada no controle de diabetes, começa a ser testada. 

Alopecia areata

Desordem que produz queda de cabelo súbita, deixando falhas em áreas arredondadas do couro cabeludo.

CAUSA Tendência hereditária. É mais comum entre os 20 e os 50 anos, sendo que 70% dos doentes têm o primeiro episódio antes dos 25. Pode ser passageira ou persistente.

EMOÇÕES Um trauma pode dar início à produção de anticorpos contra o folículo piloso. O stress também é desencadeador.

TRATAMENTO Corticoides no local das falhas, além de xampus, loções, minoxidil tópico ou oral, luz infravermelha ou ultravioleta e, em casos mais resistentes, transplante capilar.

NOVIDADES Por ser doença autoimune (em que a defesa interna ataca estruturas do próprio corpo), a imunoterapia tem sido recomendada nos casos graves. Aplicações semanais de difenciprona estimulam o surgimento de novos fios. 

Psoríase

Inflamação crônica caracterizada por lesões avermelhadas recobertas por escamas esbranquiçadas. Aparecem nos cotovelos, joelhos, no couro cabeludo e nas unhas ou espalhadas pelo corpo. Às vezes ataca as articulações. Dos cerca de 5 milhões de brasileiros atingidos pela psoríase, um quarto enfrenta estágios de moderado a grave, com impacto na qualidade de vida. Segundo o dermatologista Alan Menter, essas pessoas sentem-se discriminadas ou rejeitadas pela aparência.

CAUSAS A genética tem papel importante. Irritações na pele e a baixa umidade do ar podem ocasionar e complicar as crises, que se instalam quando o ritmo de renovação da pele se acelera devido a alterações nas defesas locais.

EMOÇÕES Pessoas tensas e perfeccionistas são mais sujeitas a desenvolver a doença, desencadeada muitas vezes pelo stress.

TRATAMENTO Evoluiu com o surgimento de agentes biológicos, que controlam a resposta imunológica. Eles são indicados em casos graves ou quando os remédios convencionais (metotrexato e ciclosporina) não surtem os efeitos esperados. O mais novo, o ustekinumab, administrado a cada 12 dias por via injetável, pode ser utilizado por longos períodos porque provoca menos náuseas e danos ao fígado. Em casos mais leves, a simples exposição à luz s olar diminui o ritmo de renovação das células da pele.

NOVIDADES Estudos sugerem que a psoríase ameaça o coração. “Quem a desenvolve estaria mais propenso a sofrer de síndrome metabólica, que se manifesta por aumento do colesterol e elevação da pressão arterial”, afirma Cláudia Maia. 

Dermatite atópica

Erupções e crostas na face, no couro cabeludo, nas mãos, nos pés, nos braços e nas pernas provocadas por in flamação crônica. A coceira é tão intensa que há risco de a pessoa se ferir e infectar as lesões. Mais comum em portadores de asma e de rinite alérgica.

CAUSA Todos os estudos apontam para a genética. Banho quente e atrito da toalha podem ressecar a pele e provocar lesões.

EMOÇÕES O stress agrava o problema: surgem novas feridas e mais coceira. A dermatite atinge mais de 3,5 milhões de brasileiros.

TRATAMENTO Cremes ou pomadas à base de cor ticoides; anti-histamínico oral contra coceira; antibióticos orais se houver infecção; exposição à luz ultravioleta combinada com doses orais de psoraleno; imunomoduladores de uso local.

NOVIDADES A descoberta de um fator imunológico, um desequilíbrio das células de defesa presentes entre a pele e a epiderme, alterou a abordagem da doença. Surgiram imunomoduladores, como pimecrolimus (em 2003) e o tacrolimus (em 2005), que permitem melhor controle do quadro. 

Dermatite seborreica

Inflamação da pele que produz vermelhidão, coceira e descamação nas áreas de maior concentração de glândulas sebáceas no corpo: em torno do nariz, nas sobrancelhas, atrás da orelha, na face e no peito. No couro cabeludo, pode acarretar a incômoda caspa.

CAUSAS Não esclarecidas”, diz a dermatologista Jozian Quental, autora de Sua Pele em Boa Forma (ed. Marco Zero). Além de maior produção de óleo, suspeita-se do fungo Pityrosporum ovale. Clima seco e alterações hormonais pioram os surtos.

EMOÇÕES Stress elevado deflagra os episódios. Essa dermatite atinge 18% da população mundial, a maioria entre 18 e 45 anos.

TRATAMENTO Xampus à base de enxofre, piritionato de zinco e cetoconazol, loções capilares com ácido salicílico, resorcina, ureia e cetoconazol, com ou sem hidrocortisona, além de prescrição de anti-inflamatórios e antifúngicos via oral.

NOVIDADES Laser de baixa frequência pode ser usado como coadjuvante no tratamento para reduzir a coceira e a descamação. 

Fonte: Revista Claudia Online - Cristina Nabuco

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Unhas encravadas? Como lidar com elas...

Unha encravada?

Veja algumas dicas de como lidar com elas..
As unhas encravam quando parte delas empurra o canto do dedo do pé. Isso acontece porque a pele forma uma barreira. Como a unha não pára de crescer e é mais dura, penetra na pele causando dor e inflamação. O formato das unhas também interfere, favorecendo o mal em algumas situações como nos casos de infecção na lateral do maior dedo do pé (por causa da posição, ele é quem recebe a maior pressão dos sapatos). Para evitar isso, as unhas devem ser cortadas retas (e nunca pelos cantos), mantendo sempre as pontas livres.
Difícil encontrar quem já não tenha sofrido com ela. A dor é permanente e até parece insolúvel. Um picote com o alicate; até alivia um pouco. Mas, dois dias depois, o andar manco e o incômodo voltam: unha encravada é mesmo uma chateação. O corte inadequado e o uso freqüente de sapatos de bico fino são as principais causas do problema.

Algumas dicas
Os sapatos devem ser mais larguinhos na frente, com salto de 4cm no máximo para uso diário. Do contrário, a tendência é que as unhas voltem a encravar .Para corrigir o problema, além de evitar os calçados apertados na ponta e tomar cuidado com o corte, muitas vezes é necessário apelar para o uso de aparelhos, que tracionam a unha e obrigam que ela volte ao lugar certo.
Hoje em dia, são raros os casos de extração. Elas são evitadas por dois motivos: primeiro, porque nada garante que a nova unha não volte a encravar. E também porque o procedimento apresenta um alto risco de infecções.
Quem tem tendência a sofrer com as dores nos cantinhos nunca deve calçar um tênis com as unhas compridas, meias apertadas ou costuras salientes. E, quando for comprar um novo par de sapatos, faça isso no final do dia. Os pés estão inchados, assim não há risco de levar um modelo que aperte.

Identifique o melhor profissional para resolver o seu problema: podólogo ou pedicure
Qual a diferença entre a pedicure e a podóloga?
A pedicure está preocupada com as questões estéticas: retira a cutícula, uniformiza o formato das unhas e esmalta. Já a podóloga volta a atenção para a saúde dos pés.
O tratamento ideal para uma unha encravada deve ser determinado pelo dermatologista. Jamais use pomadas ou remédios sem orientação médica.

Fonte: www.rugasnuncamais.com.br

domingo, 23 de janeiro de 2011

Febre no verão, tatuagem de henna pode causar alergias

Henna pode causar dermatite de contato, principalmente nas crianças Alergia ao uso de bijuterias é um sinal de alerta para evitar procedimento Ter um desenho sobre a pele, mesmo que temporário, é febre durante o verão. Para obter o recurso, uma das opções mais procuradas é a tatuagem de henna, principalmente por crianças e por quem quer apenas experimentar antes de optar por um sinal definitivo. A tatuagem de henna, no entanto, pode causar um inconveniente: alergia na pele, conhecida no meio médico como dermatite de contato. — A própria henna, se a pessoa for alérgica, as substâncias para aumentar a durabilidade ou os pigmentos para deixar a cor mais escura podem causar a dermatite — explica Mauren Seidl, dermatologista e professora na Universidade de Caxias do Sul (UCS).
Mauren e Louise Lovatto, também dermatologista e professora, orientaram a aluna de Medicina Carla Cerutti Mattei, 24 anos, em um trabalho sobre a dermatite de contato causada pela tatuagem de henna. Durante cerca de um ano, elas acompanharam o caso de duas crianças que apresentaram reações alérgicas após utilizar o pigmento. A alergia à henna se manifesta por meio de coceira, vermelhidão, formação de bolhas e descamação. — Uma delas (das crianças acompanhadas) só foi ao médico num segundo momento, quando a coceira e as lesões já haviam passado. A pele já estava com uma marca branca igual à tatuagem, de um escorpião — relata Carla. A orientação, no entanto, é procurar um dermatologista logo no primeiro sinal de irritação.

O procedimento consiste em, primeiramente, remover a tatuagem. Após, a alergia é tratada com pomadas. Nos casos em que a dermatite evoluiu para mancha branca na pele, o tratamento é semelhante ao aplicado em pacientes com vitiligo, com medicações que estimulam a pigmentação da pele, explica Mauren. Nos dois casos, a pele das crianças não apresentou sequelas após o tratamento. No entanto, o trio sugere que a henna não seja utilizada nos pequenos. — As crianças são mais sensíveis, têm propensão maior à alergia. Por isso, deve ser evitado que entrem em contato com potenciais alergênicos. O risco não vale a pena – entende Louise.



SINAL DE ALERTA

A alergia ao uso de bijuterias é um sinal de alerta para não fazer qualquer procedimento com henna. Segundo a dermatologista Rafaela Bergmann Correia, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o níquel, presente na maioria das bijus, é uma das substâncias químicas adicionadas à henna natural para potencializar a qualidade da pintura. Partículas de chumbo e fósforo também costumam fazer parte da composição. — O níquel é um grande fator alergênico — diz Rafaela. Segundo a dermatologista, não são apenas as tatuagens com henna que podem causar reações. Tinturas de cabelo e até pintura de sobrancelha com henna podem gerar alergias. Em todos os casos, a orientação é procurar um dermatologista logo ao primeiro sinal de irritação.

:: A henna utilizada em tatuagens e outras colorações é obtida a partir das folhas secas da planta chamada henna.

:: A substância era utilizada em sua forma natural por antigos povos indígenas e egípcios mas, atualmente, é acrescida de substâncias químicas, como chumbo, fósforo e níquel.

:: O tom natural da henna é intermediário entre o vermelho e o marrom. A coloração preta, comum principalmente na pintura de cabelos e sobrancelhas, é obtida por meio do acréscimo de pigmentos sintéticos.
Fonte: Zero Hora